segunda-feira, 2 de julho de 2012

Gosto dos devaneios que a poesia me permite viver.
Se utópicas conjeturas,
Reais para mim.
Presságios lentos e atentos para um talvez
Voz de um sonho ainda carente
De um ser sem dom ou talento para acelerar o tempo
De mover céus terras, cortá-los em pedaços
remontá-lo como um deus com pressa
De juntar a tua cidade a minha
A tua rua a minha...e assim domar tempo e distancia
Tornando-o dócil e obediente
Fazer de todos os elementos da natureza
Uma mulher de olhar arrogante que desafio
Que abra lacunas em todas as minha certezas
Que logo depois eu fecho com poesias
Julgo possíveis e impossíveis apenas no meu querer....
O rio dos pensamentos lógicos
Já não seguem seu curso natural
Corre em desfavor do declive
Faz negar a minha loucura natural de mudar o amanhã....
Que posso fazer com esses quilômetros
Se aprisionado na falta do teu toque
Causa frisson quando penso em seu nome
E arrepios na alma escrava dos nossos desejos?
Hoje, só tenho a certeza das duvidas verdes
Que só o tempo revela e faz amadurecer amanhã.

Vou andando mesmo
preciso pensar no tempo

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